por Padre Luis Antônio Penna
Impactado pelo Globo Repórter de hoje e acompanhando tantas matérias e notícias em vários veículos sérios de comunicação, é o jornalismo profissional que nos coloca diante dos fatos e nos faz refletir nossa leitura da realidade, mas sem nunca distorcê-la pelo nossas preferências e ideologias. Parece que essa enxurrada de solidariedade do tamanho da tragédia climática no Rio Grande do Sul, paradoxalmente ressuscitou, em mim, a esperança de que nós seres humanos podemos aprender com tragédias e diante da dor, sairmos pessoas melhores e, portanto, mais humanizadas. É realmente um pentecostes de solidariedade e empatia com nossos irmãos gaúchos como há tempo não se via no Brasil.
Impactado pelo Globo Repórter de hoje e acompanhando tantas matérias e notícias em vários veículos sérios de comunicação, é o jornalismo profissional que nos coloca diante dos fatos e nos faz refletir nossa leitura da realidade, mas sem nunca distorcê-la pelo nossas preferências e ideologias. Parece que essa enxurrada de solidariedade do tamanho da tragédia climática no Rio Grande do Sul, paradoxalmente ressuscitou, em mim, a esperança de que nós seres humanos podemos aprender com tragédias e diante da dor, sairmos pessoas melhores e, portanto, mais humanizadas. É realmente um pentecostes de solidariedade e empatia com nossos irmãos gaúchos como há tempo não se via no Brasil.
Na Festa da Ascensão do Senhor, me veio a inspiração e inquietação de perguntar: como nosso Deus age na história?
Para responder a pergunta onde estava Deus nesse acontecimento, uma possível resposta é que, em primeiro lugar, ele está nas mais de 150 vítimas que perderam suas vidas e foram mártires, como denuncia o Papa Francisco, em sua Encíclica Laudato Si que uma Economia de Mercado que coloca o mercado e o dinheiro acima da Vida, gera morte em massa e milhões de excluídos e empobrecidos. Não que essa tragédia, também, não atingiu pessoas com mais poder aquisitivo porque a natureza não faz essa distinção, mas os mais impactados com certeza são os irmãos que possuem menos recursos. Assim, Jesus estava nesses irmãos que morreram por conta da negligência e do egoísmo humano que são impactos pelo aquecimento global e por esses desastres extremos do clima, consequência da degradação ambiental, muita vezes patrocinadas e legitimadas pela bancada da bala, do boi e da bíblia, mesmo que alguns do agronegócio já descobriram a duras penas ou eles se tornam do agroecológico ou sua riqueza está ameaçada. Mas este tema fica para outro dia, Meu objetivo, aqui. é alargar a presença de Jesus em meio a essa tragédia ecológica e humanitária.
Para responder a pergunta onde estava Deus nesse acontecimento, uma possível resposta é que, em primeiro lugar, ele está nas mais de 150 vítimas que perderam suas vidas e foram mártires, como denuncia o Papa Francisco, em sua Encíclica Laudato Si que uma Economia de Mercado que coloca o mercado e o dinheiro acima da Vida, gera morte em massa e milhões de excluídos e empobrecidos. Não que essa tragédia, também, não atingiu pessoas com mais poder aquisitivo porque a natureza não faz essa distinção, mas os mais impactados com certeza são os irmãos que possuem menos recursos. Assim, Jesus estava nesses irmãos que morreram por conta da negligência e do egoísmo humano que são impactos pelo aquecimento global e por esses desastres extremos do clima, consequência da degradação ambiental, muita vezes patrocinadas e legitimadas pela bancada da bala, do boi e da bíblia, mesmo que alguns do agronegócio já descobriram a duras penas ou eles se tornam do agroecológico ou sua riqueza está ameaçada. Mas este tema fica para outro dia, Meu objetivo, aqui. é alargar a presença de Jesus em meio a essa tragédia ecológica e humanitária.
Além dos mortos, Jesus está nos mais de meio milhão de pessoas que foram afetadas pela enchente e ou estão desabrigadas, nos mais de 74 mil que estão nos abrigos em todo Estado que perderam não só bens materiais, mas também perdas irreparáveis e imateriais e, que portanto, no sofrimento todos buscam transformar luto em luta. Jesus se fez presente no Presidente da República, nos seus Ministros de Estado, no Governador, nos mais de 133 prefeitos, no Governador do nosso Estado que enviou helicópteros, policiais e espertine em desastre desta grandeza. Quando tivemos as enchentes no nosso litoral, nos agentes da Defesa Civil que foram os heróis da primeira hora, no Exército Brasileiro que entende que salvar vida, esse sim é o patrimônio da defesa e Soberania de nosso pais, nos bombeiros, nos voluntários das mais variadas profissões que foram fundamentais no resgate e no salvamento de tantas vidas, na solidariedade dos de perto e dos de longe que estão fazendo este Pentecostes de Solidariedade e Empatia acontecer como verdadeiros anjos de Deus, tentam minorar o sofrimento de todo o povo rio-grandense, ou com a presença ou se fazendo presente com doações monetárias e materiais, como a nossa Paróquia Nossa Senhora da Luz - Mogi Guaçu - SP se colocou em ação de cidadania com a Lotrans e outras Paróquias Irmãs, para ajudar a sermos extensão do coração solidário do Cristo que ama e acolhe os que agora mais precisam de nós.
É como se o Brasil inteiro abraçasse o povo gaúcho, buscando levar um pouco de conforto e paz! Infelizmente, na Pandemia, não foi assim, e de fato saímos dela com certeza mais divididos e muito mais desumanizados, até porque para muitos até hoje ela não passou de uma gripezinha, mesmo tendo enterrado e chorado vários amigos e parentes, mas o fanatismo político e a ideologia falaram mais alto. Me parece que agora neste acontecimento está sendo um pouco diferente já que a enchente avassaladora não escolheu nem direita, nem centro e nem esquerda, mas todos muito mais visivelmente foram impactados. Porque como dizia Witgenstain, contra fato não há argumento. Também, a enxurrada de solidariedade vem de todos os espectros políticos.
Claro, cabe aqui uma ressalva de um pequeno grupo que insiste no conflito, e tenta com seu ódio, radicalismos político-religioso e Fake News descredibilizar, esse sentimento de empatia que tomou conta de nosso País e que faz os razoáveis se unirem todos em prol do bem comum. Assim essa minoria do Brasil Paralelo vão sendo levados por essa onda de bons sentimento e de amor que tomou conta do coração dos brasileiros que não desistem nunca...
Parece-me que agora aquela sensação de frustração como ser humano e cristãos que tivemos diante da tragédia da Pandemia, muito mais mortal e destruidora (em memória dos mais de setecentos mil mortos), mas que nada de bom produziu na maioria da nossa população, agora essa tempestade vai aos poucos se dissipando e vamos vendo uma luz no fim do túnel ou Sol sem ocaso que é Cristo seu filho ressuscitado... Ressuscitado em cada irmão que vai assumindo com muita Unção a força do Espirito Santo globalizando a solidariedade e fraternidade como valores irrenunciáveis do cristianismo...
Se antes para alguns não se podia nem mencionar a palavra empatia, que dava urticária, vemos que ela hoje se tornou um fenômeno instaurado que aos poucos vai se encarnando em nossos corações. Muito disso devemos também a Ciência do Jornalismo que tem tornado possível nos aproximar com compaixão (outra palavra para empatia, até com mais força) do sofrimento e o sonho de superação dos nossos irmãos.
Depois da Cruz e Ressureição de Jesus Cristo. esperamos cinquenta dia para a Festa de Pentecostes. Irmãos brasileiros do Rio Grande do Sul somos um só coração e uma só alma! A Paixão - Sofrimento de vocês, que também é nossa dolorosa Paixão, pode até durar mais, mas vai passar e a reconstrução de uma vida nova e uma nova humanidade a boa notícia do Reino de Deus que se. A vizinha e, nós no Cristo e o Cristo em cada um de nós, os ajudaremos a atravessar esse Êxodo até a terra prometida. Começo acreditar agora positivamente que nunca mais seremos iguais depois dessa tragédia. Obrigado Padre Leó pela sua catequese sobre o sofrimento humano. Estamos aprendendo, com essa dor não queremos choques maiores para acordar, o amor gigante que Deus derramou em nossos corações, o Espirito Santo de Deus, que nos move sempre a amar, a sermos fraternos e termos compaixão e empatia para com todos, e todos como nos ensinou o Papa Francisco.
Pe. Luis Antônio Penna
Paróco na Paróquia Nossa Senhora da Luz em Mogi Guaçu
Pe. Luis Antônio Penna
Paróco na Paróquia Nossa Senhora da Luz em Mogi Guaçu
Por: Diocese São João em: 29-05-2024 às 18:12:26