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CARTA MOTIVACIONAL E CARTILHA DE ORIENTAÇÕES DIOCESANAS EM TEMPOS DE ELEIÇÕES

São João da Boa Vista, 26 de agosto de 2024

A ESPERANÇA NÃO DECEPCIONA! Rm 5,5s. "Para se tornar possível o desenvolvimento de uma comunidade mundial capaz de realizar a fraternidade a partir de povos e nações que vivam a Amizade Social, é necessária a Política melhor, a política colocada ao serviço do verdadeiro bem comum"! (Fratelli Tutti n°154). O Patrono da nossa Diocese de São João da Boa Vista - São João Batista - pode e deve ser modelo de um imperativo ético, que sempre aponta para a verdade e não tem medo de mergulhar nas profundezas de sua vida e história. Assim, ele afirma o valor da verdade quando nos ajuda a apontar para o Cordeiro de Deus, contemplando Jesus, para além do que diziam as pessoas de sua época, enxergando com profundidade sua história e a do seu povo. Dessa forma, ele nos enche de Esperança, como nos diz a Poesia da Canção: "Tu vens, tu vens, eu já escuto os Teus Sinais!", cantando e transformando nossa vida numa escuta atenta aos Sinais dos Tempos, do Reino de Deus e do novo que sempre vem. Transformando assim a Esperança, esta virtude teologal, no verbo esperançar, mais do que uma mera espera passiva, vem com muita proatividade e força motora de todo nosso desejo de cidadãos e, também de cristãos, de gestarmos sonhos de um mundo mais justo, mais igualitário, mais fraterno e por isso, mais humano e cristão. Nesta perspectiva, quando olhamos para João Batista, que nos aponta o Cordeiro de Deus, podemos afirmar que Verdade, Justiça e Esperança se abraçarão para a construção do que nos convidava São João Paulo II a construir e a gestar a Civilização do Amor. Que assim ele nos inspire nessa caminhada como Peregrinos da Esperança a fim de que as eleições desse ano contribuam para a busca sincera do bem comum e da boa política. Para tanto, a Diocese de São João da Boa Vista, a pedido de nosso Bispo Diocesano, Dom Eugênio sss, e do Coordenador Diocesano de Pastoral, Padre João Candido da Silva Neto, elaboramos essa cartilha (na sua versão para impressão e versão online) que será disponibilizada como subsídio. Pedimos a você, irmão presbítero, que faça chegar este conteúdo aos paroquianos. Aqui vão algumas sugestões e pistas pastorais para que esse material possa ser aproveitado da melhor forma possível:

1. Esses conteúdos podem ser trabalhados nas mídias, tanto tradicionais como nas plataformas digitais; essa divulgação deve ser feita na linguagem adaptada ao veículo de comunicação social escolhido.

2. A versão online pode ser usada para divulgação do conteúdo nas redes pela PASCOM de sua Paróquia, em doses curtas e homeopáticas, buscando conseguir maior engajamento no conteúdo e na reflexão;

3. Nas redes sociais devemos ser vigilantes e moderadores desses conteúdos, já que esse tema é muito sensível e pode sofrer ataques por Haters que começam a minar o conteúdo ou levá-lo para uma direção que nunca foi a nossa intenção eclesial... Nestes casos extremos, que cada PASCOM tenha o filtro e o discernimento necessários. Caso partam para o linchamento virtual, esses comentários devem ser retirados do post e nunca respondidos. Nossa intenção cristã não é o conflito, mas, sim, o diálogo e o debate respeitoso e construtivo onde os razoáveis conseguem construir pontes, diálogo e crescimento de uma consciência mais ampla de cidadania e da tolerância;

4. Linkando esse conteúdo com todas as Pastorais afins e Sociais elas podem também serem células multiplicadoras dessa reflexão;

5. Nas Paróquias que tem o Setor Juventude, grupos de jovens com idade para votar, faz-se muito oportuno criar esse espaço de reflexão da boa política. Eles são os mais afetados pela frustração com os políticos e também pela cultura da intolerância e do cancelamento; quando desafiados e apoiados, eles sabem como traduzir esse assunto e colocá-lo na sua linguagem. Eles, que são mais digitais, podem muito contribuir, no como, esse conteúdo pode ser divulgado de forma compreensiva e participativa nas redes;

6. Podem serem feitas, também, reuniões com o CPP, comunidades, movimentos, Novas Comunidades para que todos tenham oportunidade de se sentirem parte e responsáveis por esse processo eleitoral; isso pode ser realizado através do Estudo da Cartilha, rodas de conversas sobre algum dos temas abordados; formação e partilha sobre os desafios e a complexidade que a realidade Política nos coloca e nos provoca hoje;

7. Sugerimos a realização de debates entre os candidatos à prefeito(a) ou a exposição de suas ideias à comunidade paroquial, lembrando sempre o princípio da isonomia: o que permitirmos a um, deveremos permitir aos demais candidatos. Obs.: Quanto aos debates, precisam ser bem estruturados e termos, em cada localidade, o discernimento do nível da campanha, isto é, se há clima para um debate de ideias e propostas e, também, respeito entre os candidatos. Sugerimos uma parceria com a OAB de cada cidade, que tem know-how e expertise nessa área e poderia nos ajudar a criar um clima adequado para a realização dos mesmos. Uma possibilidade que pode ser implementada, tanto com candidatos(as) vereadores(as), quanto a candidatos(as) a prefeitos(as), seria uma entrevista ao vivo; um belo desafio para nossas PASCOM, que, na entrevista, podem ajudar a evidenciar as propostas dos(as) candidatos(as) aos cargos a que pleiteiam. Para os(as) vereadores(as) sugerimos somente aqueles(as) mais ligados ao bairro onde moram ou os que participam afetivamente da Paróquia. Esse critério pode nos ajudar a evitar uma avalanche de candidatos(as) que nada tem a dizer da realidade onde estão inseridas nossas Paróquias; essa entrevista, se o local permitir, pode ser aberta ao público, para aqueles leigos e leigas que querem ouvir, se envolver e participar, até mesmo com perguntas aos(as) candidatos(as): perguntas escritas e selecionadas pela PASCOM, evitando riscos desnecessários.

8. O Anexo da Cartilha pode ser impresso e distribuído nas missas, como oportunidade de continuarem a reflexão em outros momentos oportunos. Também a cartilha, se desejarem, pode ser impressa, tornando-a um subsídio nas mãos dos leigos e leigas;

9. Nas redes sociais, coloquem os links da versão online da cartilha, para que todos que desejarem e se interessarem por esse conteúdo, possam acessá-lo nas plataformas digitais de nossas comunidades; aqui as PASCONS paroquiais têm um papel fundamental;

Essas pistas e sugestões podem ser acrescidas, adaptadas e assumidas, contando com a criatividade e organização de cada comunidade Paroquial.

Sabemos da complexidade, dos desafios e até da hipersensibilidade que esse tema provoca em nossa sociedade hoje, e, até mesmo, dentro do modelo eclesial que perpassa a história da nossa diocese com suas potencialidades, ambiguidades e contradições. Acreditamos, porém, que só o conhecimento da boa política pode abrir novos caminhos de diálogo e construção social mais justa e fraterna. A reflexão, aqui proposta, oportuniza a descobrirmos, não somente a Alegria do Evangelho, mas, plenos de Esperança, não deixarmos nada e ninguém nos roubar o direito, a oportunidade e a alegria de sermos cidadãos mais conscientes. Assim, chamados a participarmos ativa e coerentemente deste processo eleitoral, neste ano de 2024, façamos nossas as sábias palavras de Dom Helder: "A maneira de ajudar os outros é provar-lhes que eles são capazes de pensar! (Dom Helder Câmara)

Padre Luís. Antônio Penna (Assessor do Conselho Diocesano de Leigos)

Padre João Cândido da Silva Neto

(Coordenador Diocesano de Pastoral)

Dom Eugênio Barbosa Martins S.S.S (Bispo Diocesano de São João da Boa Vista)

Clique aqui para BAIXAR A CÓPIA DO DOCUMENTO ASSINADO.

Clique aqui para BAIXAR O MATERIAL ORIENTAÇÕES DIOCESANAS EM TEMPOS DE ELEIÇÕES 2024 - A Esperança não Decepciona (Rm 5,5)

Veja em formato de EBOOK aqui

Por: Diocese São João em: 27-08-2024 às 20:52:19

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